Acarajé Bahiano

 Acarajé: Receita e História do Quitute Baiano

O acarajé é uma das iguarias mais tradicionais da Bahia e um dos símbolos da culinária afro-brasileira. Feito com feijão-fradinho e frito no azeite de dendê, ele é recheado com vatapá, camarão seco e pimenta, criando um sabor irresistível. Vamos aprender a preparar essa delícia e conhecer um pouco mais sobre sua história!

Receita de Acarajé Tradicional

Ingredientes

Para o bolinho de feijão:

500g de feijão-fradinho

1 cebola grande picada

Sal a gosto

1 litro de azeite de dendê para fritar

Para o vatapá:

2 xícaras de leite de coco

1 xícara de amendoim torrado sem pele

1 xícara de castanha-de-caju

2 fatias de pão amanhecido (ou farinha de rosca)

1 cebola média picada

2 colheres de sopa de azeite de dendê

100g de camarão seco triturado

Sal e pimenta a gosto

Para o recheio:

Camarões secos inteiros

Pimenta a gosto

Modo de Preparo

1. Preparando a Massa do Acarajé

1. Lave bem o feijão-fradinho e deixe de molho por pelo menos 12 horas. Isso facilita a remoção da casca e melhora a textura da massa.

2. Esfregue os grãos entre as mãos para retirar as cascas e enxágue até que fiquem limpos.

3. Bata o feijão com a cebola no liquidificador ou processador até obter uma massa homogênea. Se necessário, adicione um pouco de água para facilitar.

4. Acrescente sal e bata mais um pouco. Deixe a massa descansar por cerca de 30 minutos.

2. Fritando o Acarajé

1. Em uma panela funda, aqueça o azeite de dendê. Ele deve estar bem quente para fritar os bolinhos corretamente.

2. Com o auxílio de uma colher, modele os bolinhos e frite-os até que fiquem dourados por fora e cozidos por dentro.

3. Retire e deixe escorrer em papel-toalha.

3. Preparando o Vatapá

1. No liquidificador, bata o leite de coco, amendoim, castanha-de-caju, pão e a cebola até formar uma pasta homogênea.

2. Em uma panela, aqueça o azeite de dendê e adicione a mistura do liquidificador.

3. Acrescente o camarão seco triturado, mexendo sempre até engrossar e formar um creme consistente. Tempere com sal e pimenta a gosto.

4. Montando o Acarajé

1. Corte os bolinhos ao meio, sem separá-los completamente.

2. Recheie com vatapá e adicione camarões secos inteiros.

3. Se quiser um toque mais picante, acrescente molho de pimenta.

Agora é só servir e se deliciar!

A História do Acarajé: Um Sabor com Raízes Africanas

Se tem um quitute que representa a Bahia, é o acarajé! Mas você sabia que ele tem uma origem muito mais antiga e atravessou o oceano antes de se tornar um ícone da culinária brasileira?

O acarajé tem suas raízes na África Ocidental, especialmente na culinária dos povos iorubás, da Nigéria e do Benin. Na África, ele é conhecido como akara e é um bolinho de feijão-fradinho frito no óleo de palma. Quando os africanos foram trazidos ao Brasil como escravizados, trouxeram consigo seus costumes e receitas, e o akara ganhou um novo nome e adaptações por aqui.

Na Bahia, o acarajé se tornou um dos principais elementos da culinária afro-brasileira e também tem uma forte ligação com as religiões de matriz africana, como o candomblé. Ele é uma oferenda para Iansã, orixá dos ventos e tempestades, e seu preparo tradicional segue rituais específicos em terreiros religiosos.

Com o tempo, o acarajé conquistou as ruas e se tornou uma das comidas de rua mais famosas do Brasil. Quem visita Salvador não pode deixar de provar um feito pelas tradicionais baianas de acarajé, que vestem trajes típicos e vendem o quitute em tabuleiros espalhados pela cidade.

Mas atenção: um detalhe curioso sobre o acarajé baiano é que, se você pedir um “acarajé quente”, está dizendo que quer o bolinho bem apimentado! Se não quiser correr o risco de suar de tanto ardor, melhor pedir um “acarajé frio”.

Hoje, o acarajé é mais do que apenas um petisco: é um símbolo da cultura baiana e um patrimônio imaterial registrado pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional).

Seja você um apaixonado pela gastronomia ou apenas um curioso, experimentar um acarajé bem feito é uma experiência única. E agora que você já sabe a receita e um pouco da história desse quitute, que tal colocar a mão na massa e preparar o seu?

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